sábado, 16 de julho de 2011

Os 3 estágios das Mídias Sociais

Um estudo realizado pela empresa de pesquisas, Forrester Research, descreve as eras evolutivas das mídias sociais.

Por Gustavo Pereira , www.administradores.com.br

Fonte: www.administradores.com.br
Afinidade. Este é o principal motivo que leva as pessoas a se unirem nas mídias sociais no Brasil, onde esta aproximação dá-se por diversos motivos, que vão desde opiniões pessoais a tipos bem específicos de comportamentos. Em 2010 a Nielsen Online destacou um estudo em que o Brasil aparece como o país mais conectado em redes sociais, com a participação de até 86% dos usuários ativos.

Mas vejamos épocas mais distantes. Voltamos a 2005, mais especificamente em 05 de abril, onde finalmente o Orkut ganha a versão brasileira. Era o momento libertador em que milhares de brasileiros lutavam por um convite, já que o site em seu início não era aberto para todos. Ao longo destes seis anos, os brasileiros aprenderam a conviver com todo o tipo de plataforma de relacionamento. De gratuitas às pagas, os usuários mudaram suas necessidade e prioridades e como tudo neste nosso mundo digital, evoluir é inerente.

Um estudo realizado pela empresa de pesquisas, Forrester Research, descreve as eras evolutivas das mídias sociais, sendo importante ressaltar que não trata-se de períodos delimitantes, mas fases sobrepostas, ganhando ou perdendo intensidade com o passar dos anos. Vejam em detalhes:

Era das Relações Sociais: Conectar-se a outras e compartilhar.
Início: 2005 | Auge: 2003 a 2012.

Era da Funcionalidade Social: Redes sociais tornam-se um sistema operacional.
Início: 2007 | Auge: 2007 a 2010.

Era de Colonização Social: Agora toda a experiência pode ser compartilhada.
Início: 2009 | Auge: 2011.

Era do Contexto Social: O conteúdo é direto e personalizado.
Início: 2010 | Auge: 2012

Era de Comércio Social: As comunidades consomem e ajudam a definir futuros produtos e serviços.
Início: 2011 | Auge: 2013

Ao estudar mais detalhadamente a realidade brasileira nas mídias sociais, pude perceber não um momento dividido por eras, mas o surgimento de estágios comportamentais separados por fatores sócio-tecnológicos.

O objetivo desta análise é debater as etapas vivenciadas pelos usuários frente ao seu momento de vida, idade ou condição econômica.

Estágio 01: Aproximação inclusiva.
Neste momento o usuário está frente a um mar de possibilidades. Deslumbrado com os inúmeros recursos, tudo é novidade e o que mais importa é ter um perfil lotado. Sua atenção está voltada em adicionar cada vez mais pessoas, conversar com todos ao mesmo tempo e não cogita a possibilidade de perder pessoas. Querem abraçar o mundo e com isso a qualidade no diálogo "empresa x consumidor" sai prejudicada. Geralmente o resultado de promoções via banners é muito boa.

Estágio 02: Exclusão do dispensável.
Aqui o usuário já opera os recursos disponíveis com mais segurança e possui um nível de relacionamento mais intenso com seus amigos. A estrutura de seus dados digitais é mais complexa, contendo grande quantidade de fotos, vídeos, jogos e principalmente pessoas para dar atenção. Começa a percepção de relacionamento, mas a idéia de popularidade ainda é marcante fazendo com que a qualidade dos seus relacionamentos "empresa x consumidor" ainda seja baixa.

Adicionar novos usuários perde importância, os relacionamentos se estabilizam e perder usuários, ainda mais os mais chatos, mão incomoda tanto.

Estágio 03: Inclusão seletiva.
O usuário tem pleno domínio dos recursos e cada minuto conectado tem um por que. Não cogita perder tempo e cada passo dado é feito com um objetivo muito claro, mesmo que para a diversão. Trocar informações, experiências, tirar dúvidas, emitir e receber opiniões. São estes elementos que caracterizam o seu momento de vida digital. O seu mundo é único e compartilhar deste ambiente é um privilégio para poucos. Agora cada pessoa adicionada tem um objetivo, seja social, afetivo ou econômico, mas tem que ter um motivo. O nível de relacionamento "empresa x consumidor", além de estar estabelecido, alcança o nível do desejável. As pessoas precisam se relacionar com as marcas e produtos que mais amam. Ele quer consumir e precisa que as empresas esclareçam suas dúvidas. A esta altura, perder seguidores irrelevantes chega a ser um favor. Este usuário só tem interesse no relevante.

Gustavo Pereira, conhecido como GP, é professor de Marketing Digital e acumula enorme bagagem prática. Desde 1997, trabalhou em alguns dos sites pioneiros do Brasil como O Elefante, O Carteiro, Via Global e Central de Desejos, também atuando como gerente de Planejamento em agências Marketing Digital. GP é consultor em Gestão para Negócios Digitais e desenvolve projetos de Planejamento para Marketing Interativo. Foi responsável pela implantação da filial carioca da Dinamize, empresa especializada em softwares de comunicação, como e-mail marketing, chat online, pesquisa online e Buzz Monitor.

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