sábado, 16 de julho de 2011

TI: caso queira resultados surpreendentes, inove

Quando se começou a falar em Cloud Computing esperava-se uma revolução que iria reduzir custos. Porém, o conceito está caindo na vala comum sem grandes diferenciais.

Por Otto Pohlmann, www.administradores.com.br

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

Se todos fizerem da mesma forma, os resultados serão parecidos e não haverá diferenciação e nem resultados distintos. Se todos oferecerem o mesmo produto, vira commodity, sem diferencial de preços e com lucratividade baixa.

Neste cenário, se um concorrente quiser se destacar deverá pensar em ter custos menores, ou oferecer funções adicionais. E, para reduzir custos, não é apertando o salário dos profissionais que se vai atingir este novo patamar, e sim aumentando a eficiência.

Na área de Datacenters estamos na fase da acomodação, em estágio de commodity. Todos oferecem a mesma coisa, usam as mesmas ferramentas, e tem custos muito parecidos. Pode até usar hypervisores (sistema de gerenciamento de máquinas virtuais) diferentes, mas em essência todos fazem a mesma coisa.

Quando se começou a falar em Cloud Computing esperava-se uma revolução que iria reduzir custos. Porém, o conceito está caindo na vala comum sem grandes diferenciais. E sabem por quê? Porque continuam usando as mesmas ferramentas, as mesmas práticas do hosting, tanto no nível de hardware como em software.

O que temos visto é Hosting sendo vendido como Cloud Computing, trazendo consigo ainda os custos do hosting convencional baseado na virtualização de servidores.

Cloud Computing precisa ir além do Self-Service e da Elasticidade. É necessário que possa se pagar sob demanda pelos recursos de Processamento, Memória, Armazenamento e Banda, tudo de forma isolada e conforme o consumo.

Alguns provedores estão preocupados em reduzir os custos de hardware a partir de arquiteturas de alta densidade com sistemas de alimentação e refrigeração inovadoras. Nesse caso, vale à pena conhecer a arquitetura proposta pelo Facebook que avança muito nesta área.

No entanto, esta revolução na arquitetura de hardware precisa vir acompanhada também de uma nova estruturação na arquitetura de software. Precisamos deixar de associar aplicações com máquinas/servidores de uma forma constante e pré-determinada.

Os processadores precisam começar a ser encarados como um recurso dinâmico e reutilizável, sem vínculos com as aplicações. Isto será possível quando adotarmos uma arquitetura de software que permita o Stateless Computing, que possibilita que qualquer processador possa ser alocado para executar qualquer tarefa a qualquer instante, sem que esta tarefa tenha sido previamente associada a ele.

Stateless Computing, literalmente significa computação sem estado. Isto é, uma computação onde a execução de determinada aplicação por um servidor não deixa nenhum dado ou resquício de dado no servidor. Trata-se de uma arquitetura onde todos os dados armazenados e atualizados ficam na rede, e o servidor não guarda nenhuma informação do processamento da aplicação nos discos. Desta forma, o servidor passa a ser reutilizável seguidamente por diferentes aplicações permitindo um melhor aproveitamento deste recurso.

Neste modelo computacional, o recurso processador passa a ter um aproveitamento de 100%, sem estados de inatividade. Com este aproveitamento integral do servidor e memória, o custo do processamento despenca, podendo ser revertido em benefício aos usuários.

O produto que hoje permite implantar o Stateless Computing é o APPZERO, da empresa americana do mesmo nome, que tem como lema: "qualquer aplicação, em qualquer servidor, a qualquer momento".

O APPZERO é uma ferramenta de virtualização de nova geração que levou a tecnologia a um novo patamar e passou a virtualizar apenas a aplicação, sem carregar consigo nada do sistema operacional, como acontece com a virtualização de máquinas/servidores.

Com isso, diversas aplicações podem ser executadas simultaneamente sob o mesmo sistema operacional derrubando um paradigma da virtualização atual: um servidor – uma aplicação. Isto possibilita um melhor aproveitamento da máquina, com menos overhead e com menos ociosidade.

Com todos estes argumentos, fica muito evidente as vantagens da virtualização da aplicação comparado com a virtualização do servidor.

O slogan "qualquer aplicação, em qualquer servidor, a qualquer momento" é o sonho de consumo dos administradores de datacenters: Ter todas as máquinas prontas pra executar qualquer aplicação, em qualquer servidor, a qualquer momento, sem ter que associar antecipadamente as aplicações com seus respectivos servidores.

No momento em que todos os servidores do datacenter puderem ser alocados para rodar qualquer aplicação, com balanceamento automático de carga entre os servidores, então teremos o ambiente dos sonhos. Ambiente esse que irá permitir reduzir drasticamente os custos de processamento e administração, trazendo aquela redução que todos esperavam do verdadeiro Cloud Computing.

Otto Pohlmann é CEO da Centric System, empresa especializada em soluções para centralização de sistemas e distribuidora do software APPZERO no Brasil, plataforma que permite a tecnologia da virtualização de aplicação do servidor. www.centricsystem.com.br

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