terça-feira, 19 de julho de 2011

Trabalho temporário e primeiro emprego

A modalidade de Trabalho Temporário tem-se revelado uma porta eficaz para entrada dos jovens ao mercado, defende articulista.

Por Vander Morales, www.administradores.com.br

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

Um dos desafios das sociedades contemporâneas é assegurar aos jovens a inserção no mercado de trabalho. Muitas vezes, conseguir um primeiro emprego é uma tarefa árdua para quem nunca trabalhou, pois, em geral, exige-se experiência anterior como pré-requisito. Nesse cenário, a modalidade de Trabalho Temporário tem-se revelado uma porta eficaz para entrada dos jovens ao mercado, particularmente no Brasil.

O País, hoje, ocupa o quinto lugar no ranking mundial das nações que mais empregam trabalhadores temporários, com uma média de 902 mil contratos diários. Esta posição está abaixo apenas dos Estados Unidos, com 2,01 milhões de temporários/dia; Japão, 1,1 milhões/dia; e Reino Unido, 1,07 milhões/dia. Com a Copa do Mundo de futebol, a África do Sul ultrapassou o Brasil em número de temporários contratados, alcançando a quarta posição, com 924,5 mil trabalhadores empregados pela modalidade.

Apesar disso, a tendência é o Brasil atingir colocações ainda mais elevadas nesse ranking, já que a cada ano o Trabalho Temporário se consolida como atividade dinâmica que, ao mesmo tempo em que traz ganhos para as empresas tomadoras desses serviços, garante aos trabalhadores todos os direitos previstos em lei.

Nos últimos anos a demanda por temporários experimenta crescimento constante, sobretudo nos momentos nos quais as empresas necessitam aumentar o contingente de mão de obra para fazer frente ao crescimento sazonal de mão de obra. No último mês de julho, por exemplo, em decorrência das férias escolares no período, estima-se a abertura de cerca de 16 mil vagas temporárias – 8% em relação ao mesmo período de 2010. Deste total, 10% têm chance de efetivação.

É na sua característica de ampliar a empregabilidade do trabalhador que a modalidade tem revelado seu enorme potencial. Após os picos de contratação de temporários nas datas sazonais como Natal, Páscoa, Dia das Mães e Férias, o número de efetivações vem crescendo a cada ano.

Recente levantamento de dados revelou que, passadas essas datas, cerca de 67,5 mil jovens sem experiência anterior foram efetivados nas empresas em que atuaram como temporários no ano de 2010. Isto mostra que, ao acumular vivência como temporário, o jovem se qualifica para um mercado cada vez mais exigente, tem a chance de aprender rotinas que o farão evoluir profissionalmente e de demonstrar seus potenciais. Em outras palavras, o jovem entra no mercado pela porta do Trabalho Temporário e, com isso, ganha a oportunidade de adquirir experiência e nele se manter.

Ampliar as oportunidades dos jovens no mercado é apenas um dos benefícios pelos quais as modalidades de Trabalho Temporário e de Terceirização ganham reconhecimento do Brasil. Há pouco tempo, essas atividades eram vistas com desconfiança. Depois de um esforço árduo, no qual se demonstrou sobretudo por números a lisura das empresas idôneas do setor, é que a real contribuição de nossa atividade pôde ser reconhecida.

Hoje, somos respeitados como empreendedores sérios, que contribuem para a expansão do mercado brasileiro e a modernização das relações de trabalho, ao abrir oportunidades e aumentar a empregabilidade dos trabalhadores, sem precarizar sua condição. Constituir-se, portanto, em um meio para que os jovens possam alcançar seu primeiro emprego é uma decorrência da maturidade que nossa atividade atingiu no País.

Vander Morales - é presidente Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) e do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (Sindeprestem) - @VanderMorales

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