terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fusões entre grandes redes ameaçam pequenas drogarias, afirma especialista


As junções vão proporcionar vantagens significativas para os gigantes do setor.

Por Redação, www.administradores.com.br

As redes Droga Raia e Drogasil anunciaram que irão fundir suas operações, seguindo uma tendência dos últimos anos no mercado brasileiro. Com a junção, o poder de negociação dessas empresas, que já era grande, passa a ser ainda maior e vai proporcionar vantagens significativas para os gigantes do setor. Já para os pequenos, a coisa tende a complicar.

"É um processo semelhante ao que aconteceu no mercado supermercadista brasileiro", aponta Danieli Junco, diretora da Injoy Blend, consultoria de gestão e marketing na área da saúde. Esta nova realidade, explica a especialista, pode resultar em dificuldades às pequenas redes de drogarias e para os empreendedores independentes. "Será um mercado cada vez mais restrito, onde planejamento e organização serão vitais para a sobrevivência do negócio", acrescenta.

Segundo Danieli, o desafio das pequenas e médias empresas será revitalizar o conceito de farmácia de bairro. "Essas unidades precisam ser ponto de referência na região onde estão localizadas e oferecer serviços que fidelizem os clientes", diz.

O primeiro passo para os pequenos e médios empresários, ensina a executiva, é investir em um bom plano de negócios e corrigir erros de gestão. "Boa parte dos problemas que os menores enfrentam estão relacionados a estimativas orçamentárias, gestão tributária e qualificação da mão de obra. É comum, por exemplo, encontrarmos discrepâncias no fluxo de caixa, onde empresários não sabem exatamente o quanto ganham e quanto podem gastar. Além disso, há confusão entre as contas da pessoa física e jurídica", explica.

Estas empresas, que muitas vezes possuem uma administração familiar, puderam conviver com essas falhas enquanto o negócio permaneceu limitado e o mercado menos competitivo. "Neste novo cenário, é preciso corrigir os erros ou a sobrevivência da empresa será colocada em risco", ressalta Junco.

O ponto "atendimento" é outro para o qual a especialista chama atenção. "É importante se distanciar da imagem do consumidor apenas e enxergar o cliente. O auxiliar ou o farmacêutico tem que estar preparado para dar todas as informações necessárias sobre os medicamentos e não medicamentos. Muitas vezes, é necessário sair de trás do balcão, demonstrando interesse, atenção e atendimento diferenciado", afirma Danieli.

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