quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Quando as disciplinas não acompanham a evolução do mercado

"É preciso inovar e oferecer também aos alunos disciplinas que reflitam a necessidade do mercado e ajudem na preparação deles".

Por Redação, www.administradores.com.br

Ao ingressar no curso de Administração, não há como escapar do estudo de disciplinas básicas e fundamentais. Afinal, nas aulas de Teoria de Administração, Administração Pública e Administração de Recursos Humanos, entre tantas outras, o aluno será apresentado às bases de uma área que terá de dominar nas milhares de horas-aula seguintes.

Por isso, disciplinas como essas são importantíssimas. Mas é necessário ir além. "É preciso inovar e oferecer também aos alunos disciplinas que reflitam a necessidade do mercado e ajudem na preparação deles, transmitindo não apenas conteúdos, mas focando na formação do indivíduo e no desenvolvimento de competências", sugere o professor Marcos Hashimoto.

No mercado de trabalho
Consequência: Muitas faculdades acabam se restringindo às disciplinas básicas da área e pecam ao não atentarem para as novas exigências do mercado. "É muito comum, no Brasil, os cursos serem estruturados de maneira muito rígida, o que acaba deixando a oferta de disciplinas limitada e, em conseqüência, os alunos ficam limitados e desmotivados", explica Paulo Prochno. No modelo americano, segundo ele, ocorre o contrário. Os alunos, no início da graduação, podem escolher entre uma série de disciplinas genéricas e aprender sobre temas gerais, não necessariamente ligados à Administração.

"Nos dois primeiros anos da faculdade, eles têm liberdade para escolher estudar, por exemplo, política mundial, economia, marketing e, numa etapa posterior, podem optar por aquelas disciplinas nas quais querem se aprofundar", conta o professor. O impacto desse sistema é que o aluno, além de mais motivado, consegue ter tempo para amadurecer e ponderar o rumo que dará à sua carreira antes mesmo de sair da faculdade. "Infelizmente, essa liberdade de escolha não existe no Brasil ou existe de maneira muito mais limitada", lembra Paulo.

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