quinta-feira, 23 de junho de 2011

Economia desacelera em abril, segundo Serasa Experian

Indicador de Atividade Econômica ficou estável nesse mês em relação a março, quando havia crescido apenas 0,1%

Por Mariana Flores, Agência Sebrae de Notícias

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

Brasília - A atividade econômica brasileira desacelerou em abril. O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (Produto Interno Bruto Mensal) ficou estável nesse mês em relação a março, quando havia crescido apenas 0,1%, já descontada a influência sazonal. A queda foi puxada principalmente pelo consumo das famílias, que caiu 0,1% pelo segundo mês consecutivo e afeta diretamente o caixa das micro e pequenas empresas (MPE). A expectativa de aumento do faturamento no 3º trimestre de 2011 é menor para as micro e pequenas do que para as médias e grandes companhias, segundo a Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial.

"Essa estabilidade da atividade econômica por dois meses consecutivos já confirma desaceleração. A economia está andando cada vez mais lentamente. É um sinal de que as ações adotadas pelo governo no fim do ano passado para conter a inflação já surtem efeito", afirma o gerente de indicadores de mercados da Serasa, Luiz Rabi. Entre as medidas destacam-se o aumento dos juros, a contenção do crédito e os cortes no orçamento feitos pelo governo federal.

Com a redução nos dois meses seguidos, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acumulada no ano está diminuindo. Nos quatro primeiros meses de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,4% em relação ao mesmo período de 2010. Em fevereiro, o crescimento acumulado em 2011 era maior, de 5,7%. A pesquisa da Serasa utiliza uma técnica de decomposição do PIB, levantado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Otimismo menor
A desaceleração da atividade econômica no país já contrai o otimismo dos empreendedores. Eles revisam suas perspectivas para o 3º trimestre de 2011, segundo a Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial. Em junho, 68% dos empresários ouvidos disseram esperar um faturamento maior em 2011 do que em 2010. Em março, a mesma pesquisa apontou que a expectativa estava em 72%. As micro e pequenas empresas (MPE) são as que estão menos confiantes. Das pesquisadas, 68% esperam aumento do faturamento neste ano. Entre as médias, o volume é de 71%, e entre as grandes, de 79%.

Mais cautelosos, os empresários revisam investimentos e expectativas de contratação. No 2º trimestre, o percentual de entrevistados que pretende investir na ampliação dos negócios caiu de 32% para 29%. As micro e pequenas são as mais contidas. A pesquisa mostra que 29% delas pretendem aumentar o volume de investimento nos próximos meses, contra 30% das médias e 33% das grandes.

A saída para as MPE driblarem a desaceleração é investir no aumento da competitividade e aproveitar negócios surgidos a partir de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, segundo orienta o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. "A busca constante por uma melhoria da gestão, por uma maior produtividade e pela inovação como parte do cotidiano é fator estratégico para elevar a competitividade, que é fundamental para as micro e pequenas empresas. O segmento deve aproveitar o bom momento de oportunidades, como as que serão geradas com os grandes eventos esportivos", afirma o diretor.

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