quinta-feira, 9 de junho de 2011

Inserção competitiva das MPE depende de inovação

Sebrae e CNI realizam evento para capacitar gestores e consultores na área de encadeamentos produtivos e núcleos de inovação

Por Tecris de Souza, Agência Sebrae

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

A agenda da inovação é decisiva para inserção competitiva das empresas brasileiras, especialmente aquelas de pequeno porte, pois o Brasil passa pelo grande desafio de preservar sua matriz industrial. A afirmação foi feita nesta terça-feira (7) pelo diretor de operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Luchesi, na abertura do Encontro Nacional de Gestores de Projetos do Convênio Rede de Núcleos de Inovação (RNI), na sede do Sebrae, em Brasília.

Junto com o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o diretor da CNI também participou da capacitação de gestores e consultores do Sebrae, dedicados ao tema encadeamento produtivo. Esses eventos, que acontecem ao longo desta semana, reúnem cerca de 80 participantes das duas instituições.

"Queremos criar uma plataforma privada de mobilização empresarial por meio de redes, a partir das indústrias, e estabelecer uma agenda de inovação", disse Luchesi. Segundo ele, muitos empresários ainda acham que inovação é "algo da Nasa". E não sabem que essa agenda está no centro da estratégia, explicou o diretor da CNI, ao assinalar que a parceria com o Sebrae na construção dessas redes tem o propósito de chegar às empresas, a exemplo da década de 90, quando foi implementado o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP).

"Disseminamos a agenda de ontem. Trabalhamos agora, a agenda de amanhã", sentenciou Luchesi, ao assinalar que o Sebrae é o ponto de convergência e de disseminação dessa agenda de construção de redes. "Não estamos sabendo ser competitivos no mercado brasileiro", admitiu, ao lembrar que a MEI - Mobilização Empresarial pela Inovação se propõe a reverter esse quadro. Por isso, Sebrae e Sistema Indústria buscam ganho incremental, frente ao ambiente global dos negócios. A proposta, portanto, é desenvolver a cadeia de valores de modo a imprimir mais competitividade às pequenas empresas brasileiras.

O diretor-técnico do Sebrae, também presente à abertura do encontro da RNI, revelou que nesta primeira chamada dos três editais previstos no Projeto Sebrae CNI de Rede de Núcleos de Inovação foram aplicados recursos da ordem de R$ 15 milhões. Das 20 propostas apresentadas pelas federações de indústrias foram aprovados pelo Sebrae e CNI 16 projetos. Ele espera a adesão de mais estados à nova chamada de projetos, lançada ontem (6), para viabilizar ações de mobilização, capacitação, consultoria e assessoria a serem desenvolvidas pelos Núcleos Estaduais de Inovação.

Carlos Alberto disse que é preciso recuperar ganhos de produtividade na produção, apesar do impacto do câmbio na atividade industrial. Afirmou ainda que alguns elos da cadeia produtiva estão sendo substituídos por fornecedores estrangeiros, que concorrem principalmente com as empresas de pequeno porte. Em vista disso, o roteiro de capacitação definido nesse projeto é oportuno diante da "concorrência brutal da economia aberta."

Conforme Carlos Alberto, a agenda da gestão hoje é insuficiente para garantir mercado. "Inovação é uma necessidade e deve fazer parte da cultura empresarial. É preciso fazer diferente para fazer melhor", acentuou, ao afirmar que interessa a produtividade média da economia. "Isso é que vai determinar a posição do Brasil na competitividade global", prevê o diretor do Sebrae. Por isso, enfatizou, o grande desafio é trabalhar em rede, com foco na inovação "nessa agenda mais qualitativa e mais sofisticada", que vai gerar mais competitividade, emprego, renda e bem-estar social.

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