quarta-feira, 22 de junho de 2011

Oportunidades abertas

A FAPESP e a Agilent Technologies assinaram  (em 01/06) uma carta de intenções que prevê a possibilidade de colaborações futuras em pesquisa científica e tecnológica. 

Por Fábio de Castro – Agência FAPESP

A FAPESP e a Agilent Technologies assinaram  (em 01/06) uma carta de intenções que prevê a possibilidade de colaborações futuras em pesquisa científica e tecnológica. Considerada líder mundial na área de medição analítica, a empresa norte-americana também atua em tecnologia para análises químicas, biociências, eletrônica e comunicações.

A carta de intenções foi assinada pelo presidente da FAPESP, Celso Lafer, e pelo presidente da Agilent Technologies, William Sullivan, na sede da Fundação.

A reunião teve a presença do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, do gerente geral da Agilent no Brasil, Reinaldo Castanheira, da gerente-geral nos Estados Unidos, Sylvia Escobar, e do diretor de Serviços de Suporte da empresa, Rui Villela Ferreira.

De acordo com Lafer, a assinatura da carta de intenções reflete a preocupação da FAPESP em ampliar as oportunidades de internacionalização. “É também uma forma de propiciar oportunidades para a interação de cientistas paulistas com os pesquisadores qualificados da Agilent”, disse.

Brito Cruz afirmou também que a perspectiva de acordos entre a empresa e a Fundação é uma boa notícia para os pesquisadores paulistas. “É uma oportunidade para que pesquisadores do Estado de São Paulo colaborem em pesquisas relacionadas à instrumentação científica com pesquisadores de uma empresa que tem uma tradição importante na área”, destacou.

Segundo Sullivan, a possibilidade de parcerias abre perspectivas futuras para oportunidades de pesquisas em áreas como agricultura, energia e, em especial, ciências da vida. “Nosso objetivo é que seja feito no futuro um acordo de cooperação, com aportes de recursos das duas instituições. Uma vez definidas as áreas de interesse conjunto, esperamos fazer uma chamada para projetos de pesquisa de interesse conjunto”, disse Sullivan à Agência FAPESP.

Os projetos seriam selecionados por um painel composto pelas duas instituições. Segundo ele, a Agilent valoriza de forma especial o know how da FAPESP para a avaliação de projetos.

Castanheira contou que, durante o ano de 2010, foi feito um esforço para identificar as áreas de interesse comum entre Fundação e empresa. O resultado foi uma lista com mais de uma dúzia de áreas, que será refinada em conjunto com a FAPESP.

"Queremos focar uma possível chamada para projetos de pesquisa em quatro ou cinco áreas – especialmente aquelas ligadas à biotecnologia, como pesquisas sobre curas para doenças humanas ou de vegetais, aprimoramento genético de culturas agrícolas e diversos outros campos. Há grande interesse, ainda, na principal área de atuação de empresa – a instrumentação analítica – e no desenvolvimento de sensores ”, afirmou.

Após a assinatura da carta de intenções, o cronograma será estabelecido pela FAPESP. “Cientistas dos laboratórios da Agilent realizarão apresentações em alguns centros de pesquisa brasileiros, para divulgar as áreas de interesse que forem determinadas em conjunto com a FAPESP. Uma vez estabelecido esse diálogo com a comunidade científica, imaginamos que seja possível lançar uma chamada de propostas até o fim do ano”, disse Castanheira.

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