quinta-feira, 16 de junho de 2011

Participação das mulheres em cargo de liderança cai drasticamente no Brasil

Segundo pesquisa, em 2007, o Brasil ocupava a 2ª posição no ranking global; já em 2011, passou para 21ª colocação

Infomoney

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

No Brasil, a participação de mulheres no cargo de liderança diminui. Um estudo realizado pela Grant Thornton International Business Report revela que, em 2007, o País ocupava a 2ª posição no ranking global, com 42% das mulheres em posição de liderança nas empresas. Já em 2011, o Brasil ocupa a 21ª posição, com uma proporção de 24%.

Segundo os dados, as empresas brasileiras possuem aproximadamente 10 pessoas nos cargos de liderança, sendo que apenas 2,3 são mulheres.

Para a sócia e diretora do International Business Center da Grant Thornton Brasil, Madeleine Blankenstein, apesar da participação das profissionais no mundo dos negócios ser um tema importante no Brasil, as mulheres ainda têm de fazer um grande esforço para alavancar posições de liderança.

“Infelizmente, parte da queda de 2007 para 2011 pode representar a falta de benefícios das empresas locais para as mães que trabalham, não existe creche em muitos locais de trabalho e poucas empresas oferecem horário flexível ou mesmo a opção de trabalhar em casa, como home office”, explica.

Mundo
Os dados indicam ainda que a representatividade das mulheres nos cargos de gestão caiu em todo o mundo. Em 2009, elas ocupavam 24% das posições de liderança. Em 2011, o indicador é de 20%. Além disso, o percentual de empresas privadas que não possuem nenhuma mulher em sua diretoria ou cargo de comando aumentou para 38%, ante os 35% em 2009.

Globalmente, a Tailândia conquistou a melhor posição de mulheres em cargo de liderança, com 45%, seguida por Georgia (40%), Rússia (36%), Hong Kong e Filipinas (ambos com 35%). Os países com a menor classificação no ranking são Índia, Emirados Árabes e Japão, com menos de 10% de mulheres em posição de liderança.

Em contrapartida, as mulheres estão se tornando mais bem-sucedidas e incrementando sua participação em posição de liderança na Tailândia, Hong Kong, Grécia, Bélgica e Bósnia, onde o percentual delas no comando vem crescendo pelo menos 7% desde 2009.

Cargos
Na análise entre os cargos ocupados pelas empresas, os dados revelam que 22% das mulheres, em todo o mundo, trabalham na área financeira, como Chief Financial Officer/Diretora Financeira. No Brasil, o indicador é maior, com 25%. Entretanto, o destaque é a China, que tem 69% das mulheres no comando das finanças.

Em seguida, aparece o cargo de Diretora de Recursos Humanos, com 20%. A China é a líder, com 43%, frente a Filipinas (38%) e a Rússia (35%). Na sequência, estão os cargos de Chief Marketing Officer e Diretora de Vendas, ambos com 9%.

Globalmente somente 8% das companhias com mulheres em posição de comando possuem uma CEO (Chief Executive Officer). Na Tailândia, o indicador chega a 30%, à frente de China (19%), Taiwan (18%) e Vietnã (16%). No Brasil, a média é ainda menor, de 4%.

Quando o assunto é empreendedorismo, a mulher brasileira é destaque, já que ela ocupa a primeira posição, com 12% das profissionais ocupando o posto de sócia do negócio, contra apenas 4% da média global.

“As mulheres nos principais centros urbanos, especialmente a partir dos 30 anos, têm se tornado empreendedoras, outras decidem ficar em casa com as crianças e vão para a economia informal, as mais jovens deixam seus empregos para se tornarem mães, e isso acaba dificultando o retorno delas ao mercado de trabalho”, finaliza Madeleine.

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