terça-feira, 4 de outubro de 2011

Melhorar a velocidade da banda larga pode aumentar o PIB, diz estudo


Esse crescimento é equivalente a US$ 126 bilhões, o que corresponde a mais de 1,7 da taxa média de crescimento anual da OCDE na última década.

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Um novo relatório desenvolvido pela Ericsson, a consultoria Arthur D. Little e pela Universidade de Tecnologia de Chalmers, em 33 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre eles México e Chile, quantifica o impacto isolado da velocidade da banda larga e mostra que ao dobrar essa velocidade, aumenta-se o PIB de uma economia em 0,3%.

Esse crescimento é equivalente a US$ 126 bilhões, o que corresponde a mais de 1,7 da taxa média de crescimento anual da OCDE na última década. O estudo mostra também que duplicações adicionais da velocidade da banda larga geram crescimentos superiores a 0,3%.

"Esses resultados são derivados de métodos científicos rigorosos onde a direção da causalidade, qualidade de dados e níveis de significância foram testados apropriadamente", disse Erik Bohlin, professor da Universidade de Tecnologia Chalmers. "Os resultados desse estudo apoiam políticas governamentais que reconhecem e promovem a importância da banda larga."

Tanto a disponibilidade como a velocidade da banda larga são fortes indicadores de uma economia. No ano passado, a Ericsson e a Arthur D. Little concluíram que para cada 10 pontos percentuais de aumento na penetração da banda larga, o PIB aumenta 1%.

Esse crescimento é resultado de uma combinação de efeitos diretos, indiretos e induzidos. Os efeitos diretos e indiretos fornecem um estímulo de curto a médio prazo na economia. Enquanto isso, o efeito induzido, que inclui a criação de novos serviços e negócios, é a dimensão mais sustentável e pode representar quase um terço do crescimento do PIB mencionado.

"A banda larga tem o poder de estimular o crescimento econômico ao proporcionar eficiência para a sociedade, empresas e consumidores", diz Johan Wibergh, vice-presidente mundial de Redes da Ericsson. "Ela abre possibilidades para os mais avançados serviços online e de inteligência na web, assim como para o home office e a telepresença. Na saúde, por exemplo, esperamos que as aplicações móveis sejam usadas por 500 milhões de pessoas."

Durante um discurso realizado no Fórum Mundial de Banda Larga 2011, em Paris, Wibergh disse: "Esperamos um grande aumento da estimativa atual de 1 bilhão de pessoas com acesso à banda larga para cerca de 5 bilhões, em 2016, das quais a maioria terá banda larga móvel. Conectividade e banda larga são apenas o ponto de partida para novas maneiras de inovar, colaborar e socializar."

"Até agora houve uma ausência de fatos concretos sobre os efeitos da velocidade da banda larga na economia. Este estudo único pode ajudar governos e outros líderes a fazer mais trocas corretas e escolhas políticas", continuou Erik Almqvist, diretor da Arthur D. Little.

Esse é o primeiro estudo desse tipo que quantifica o impacto econômico do aumento da velocidade da banda larga, a partir de um método científico abrangente que utiliza dados públicos disponíveis.

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