segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O que motiva as pessoas a participar de redes sociais?

Com esta pergunta na cabeça, li o livro "Cultura da participação - Criatividade e generosidade no mundo conectado".

Por Keith Matsumoto

Segundo o autor, estamos vivendo uma era de excedente cognitivo. Isto quer dizer que temos uma capacidade de produção ainda não explorada. Por que? Porque estamos saindo da frente da televisão. Com a televisão, uma pessoa é igual a mais um expectador. Agora um celular smartphone é igual a um expectador e 1 produtor. Todos somos potenciais produtores.

E qual é o tamanho deste excedente cognitivo? Se dedicarmos 1% do tempo que assistimos a TV em um ano, teríamos 100 wikipedias neste mesmo período. E porque não temos 100 wikipedias ou projetos de colaboração tão construtivos quanto? Porque compartilhar fotos divertidas e piadas é muito mais fácil.

E o que motiva as pessoas a participar de redes sociais?

O autor acredita que temos motivações pessoais e sociais.

As motivações pessoais podem ser duas: intrínsecas, quando a própria atividade é estimulante, e extrínseca, quando temos que inserir um fator externo para motivar uma tarefa. Exemplo clássico: salário. Coletar lixo não é estimulante, então pagamos um salário para motivar pessoas a fazê-lo.

As motivações sociais também podem ser agrupadas em dois tipos: conexão, que é a sociabilização, e compartilhamento, como os repórteres amadores fazem.

Algumas empresas estão implementando redes sociais internas para promover a comunicação e a colaboração. Minhas dúvidas são: será que se comunicar por uma rede social corporativa é estimulante? Existe motivação intrínseca? Ou só é estimulante se for para compartilhar fotos, fofocas e piadas?

E será que existe motivação social? Ou será que as conversas em rede ferem a hierarquia e orgulhos de gestores e seus feudos? Terminei o livro com muitas dúvidas e uma certeza: implementar redes sociais nas empresas é um trabalho muito mais cultural do que tecnológico.

@keithmatsumoto

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