segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Empresários apostam em centros de treinamento para driblar falta de qualificação

Enquanto pequenas empresas buscam centros externos, as grandes investem em universidades corporativas.

Infomoney

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

Com a escassez de mão de obra qualificada, cada vez mais empresários têm investido na capacitação e aprimoramento profissional de seus contratados. Diversificadas de acordo com o porte do empreendedor, as alternativas costumam ir desde a inclusão de poucos funcionários em programas de aperfeiçoamento terceirizados até a capacitação técnica oferecida pelas chamadas universidades corporativas.

A escolha por determinado modelo educacional, entretanto, dependerá das necessidades de cada empregador. “O centro de treinamento é voltado para a qualificação da mão de obra de base de uma empresa”, esclarece o diretor nacional de educação da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Luiz Edmundo Rosa.

Para ele, o recurso tem se mostrado uma excelente iniciativa para suprir as deficiências de formação dos jovens que chegam despreparados no mercado de trabalho. “É preciso investir nestes profissionais, pois a qualificação destas pessoas têm sido inferior às necessidades das organizações”, avalia.

Universidades empresariais
Um novo conceito utilizado no mercado é o das universidades empresariais ou corporativas. Destinadas ao ensino técnico em um grau mais aprofundado, normalmente são vinculadas a instituições públicas ou privadas que tenham necessidades muito específicas de formação de seus candidatos.

O recurso costuma ser muito utilizado por empresas de grande porte, que adotam em sua própria base unidades de ensino para seus funcionários. São exemplos em nosso País, a Petrobras (Universidade Petrobras), a Caixa Econômica Federal, a Datasul e o Serpro. Já no exterior, as universidades corporativas da Shell Oil Corporation e da rede de hotéis Accor se mostram como boas referências.

“As universidades empresariais são completas e trazem programas mais longos para os profissionais. A da Petrobras é um exemplo disto, afinal, o segmento de petróleo é muito específico e precisa de trabalhadores com habilidades que o ensino nacional não consegue preparar”, diz Rosa.

Tamanho é documento
Desenvolver um centro próprio exige recursos. Por esta razão, a instalação de uma unidade de treinamento na sede da empresa dependerá prioritariamente do tamanho da organização.

A recomendação é que os funcionários das micro, pequenas e médias companhias recorram aos serviços de qualificação terceirizados, como os oferecidos pelo Sebrae e por outras empresas de capacitação.

“Apenas recomendamos o desenvolvimento de uma unidade de qualificação própria para os empreendedores que precisarem capacitar mais de 15 funcionários. Do contrário, o custo desta operação se torna inviável”, informa o consultor jurídico do Sebrae SP, Paulo Melchor.

Deste assunto, o proprietário da empresa de artefatos de borracha Sig-Rool também entende bem. “Utilizamos centros terceirizados, pois nossa empresa é pequena. Esta foi a forma que encontramos para capacitar nossa equipe, que chega ao mercado com um bom conhecimento teórico, mas com pouca experiência prática”, diz Waldir Soares da Silva

Produtividade garantida
O investimento feito nos trabalhadores costuma trazer ganhos de produtividade para os empregadores e um aperfeiçoamento profissional aos funcionários que participam destes cursos de qualificação.

Para Rosa, o crescimento dos profissionais costuma ser notável. “Além de terem o emprego garantido, eles [funcionários] são beneficiados com a oportunidade de qualificar seus serviços para garantirem melhores oportunidades de carreira, seja dentro da própria empresa ou em outras companhias”, ressalta.

Cursos mais procurados
Atualmente fica difícil mensurar quais são os cursos mais procurados pelos empregadores para a qualificação de seus empregados. Contudo, sabe-se que a proximidade da Copa 2014 e das Olimpíadas de 2016 têm aquecido o mercado hoteleiro.

“Já observamos uma grande procura por cursos de aperfeiçoamento em idiomas e nas áreas de atendimento em geral. Todos querem uma fatia dessa oportunidade que se vislumbra no cenário nacional”, diz Melchor.

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