segunda-feira, 11 de julho de 2011

Executivo brasileiro está entre os mais bem pagos do mundo, aponta pesquisa

A pesquisa registrou também os salários de áreas como recursos humanos, onde a tendência de crescimento na remuneração se repete.

Por Redação, www.administradores.com.br

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

Segundo a pesquisa Salary Survey, da consultoria de recrutamento Robert Walters, o executivo brasileiro está entre os mais bem pagos do mundo. Os chefes de tesouraria brasileiros, por exemplo, ganham mais que os executivos de Londres, Nova York, Xangai, Paris e Madri. Na posição de CFO e chefe de controladoria, o Brasil já supera os mercados espanhol, chinês e francês, mas a tendência é de que ultrapasse também outros países.

"O real valorizado e o aquecimento do mercado brasileiro têm acentuado a curva de evolução salarial no país. O maior crescimento dos salários está em áreas como a de finanças, onde o Brasil chega a superar, em alguns casos, a média de mercados como a Europa, os Estados Unidos e a China", afirma Frédéric Ronflard, diretor de operações da Robert Walters no Brasil.

Segundo Ronflard, a maior "inflação salarial" é observada para os executivos com mais de dez anos de experiência, na chamada alta gerência. Já nos níveis de entrada, os salários continuam mais baixos em comparação com outros mercados. No caso de profissionais com experiência de até oito anos, porém, a remuneração é equivalente. "Os salários sobem muito rápido. E em alguns cargos de liderança o brasileiro se tornou muito caro", afirma.

A pesquisa registrou também os salários de áreas como recursos humanos, onde a tendência de crescimento na remuneração se repete. O salário de um diretor de RH no país, por exemplo, varia de R$ 240 mil a R$ 455 mil por ano, de acordo com o grau de experiência do profissional. Essa mesma posição em Londres tem salários médios de R$ 363 mil e, em Xangai, de R$ 280 mil. "O RH está se tornando mais complexo e segmentado no Brasil, o que valoriza o profissional especializado", destaca Ronflard.

Na área jurídica, Ronflard destaca o movimento de escritórios internacionais chegando ao país, o que provoca uma disputa por talentos com até cinco anos de experiência. Por outro lado, empresas de todos os setores também estão demandando profissionais para seus departamentos jurídicos.

No setor tributário, a demanda por cargos como o de diretor, cujo salário no país varia de R$ 200 mil a R$ 345 mil por ano, tem aumentado. "Além de muito valorizado no mercado, esse profissional não pode ser substituído por um expatriado. É difícil fazer alguém que não é brasileiro entender o complexo sistema de impostos do país", afirma.

Segundo Ronflard, em determinados segmentos, o executivo só aceita mudar de emprego com 50% ou 60% de aumento, o que tem surpreendido os departamentos de recursos humanos das multinacionais.

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