segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Empresários veem possibilidade de crescimento com EI

Trajetórias de empreendedores de Mato Grosso do Sul são transformadas com a formalização.

Por Laryssa Caetano, Sebrae

Campo Grande - Inicialmente atraídos pelos benefícios fiscais, muitos empreendedores individuais viram na formalidade o primeiro degrau na escada do sucesso e, como o empresário Leandro Gettner, de Campo Grande, começaram a escalar o próximo.

Prestador de serviços de manutenção em equipamentos industriais, Leandro iniciou na atividade aos 13 anos e, hoje, com 26, visualiza um negócio em expansão. "Eu comecei cedo e há quatro anos vi uma possibilidade de gerir meu próprio negócio", relembra. Com a empresa Gettner buscou oferecer um serviço diferenciado: especializou-se na área.

"Fiz muitos cursos em outros estados e foi o que inclusive, me garantiu uma boa clientela aqui" conta. Formalizado como Empreendedor Individual (EI), o jovem empresário, que hoje tem dois funcionários e atende a 70 empresas, viu o faturamento aumentar e agora precisa migrar para o sistema de microempresa.

Com o aumento dos lucros, pretende dar o próximo salto: abrir uma loja. "Muita gente precisa ver a loja para ver que o negócio é sério, isso vai ampliar o meu mercado", explica.

Descalça em seu ateliê em Campo Grande, a empresária que produz bichos de tecido para decoração, Letícia Brito, conta como foi sua tragetória nos negócios. "Eu desenvolvia as criações no meu quarto, minha família viu nas minhas criações uma oportunidade de negócio sério, porque, até então, eu decorava festas de conhecidos", recorda.

À vontade entre ursos, galos, bonecas e uma infinidade de criações de tecido, Brito se formalizou no EI e depois migrou para microempresa, após ver as vendas aumentarem. "São seis funcionárias e clientes em vários estados brasileiros e no exterior". Julio César da Silva, técnico do Sebrae explica a mudança "o objetivo era esse mesmo, fazer do EI uma alavanca para a empresa crescer cada vez mais, é natural que agora comecem a migrar para o sistema de microempresa".

Vantagens
Em Dourados, empreendedores como o pintor Serafin Pereira Santos e a cabeleireira Lucy Clemência de Souza vêem no EI a estabilidade do negócio. "Desde 1972 sou pintor e só no ano passado consegui tirar o CNPJ e agora até o Governo do Estado eu atendo", anima-se Serafin.

Diarista desde os quinze anos, Lucy mudou de profissão e vislumbrou no EI uma oportunidade imediata. "Eu tinha feito um curso básico de cabeleireira, fiz o Nascer Bem (projeto do Sebrae para quem quer abrir empresa) e fui para o EI por conseqüência". Formalizada, reconhece os benefícios. "Com nota fiscal, compro direto da fábrica, o que me proporciona custos mais baixos".

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