segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fórum Brasil e Alemanha traz novidades para empresários

Evento no Rio de Janeiro reúne instituições públicas e privadas pra discutir programas conjuntos que incluam micro e pequenas no mercado alemão.

Por Regina Mamede, Agência Sebrae

Durante o "Fórum Brasil e Alemanha das Pequenas e Médias Empresas", que aconteceu no último sábado (17), os participantes puderam sanar dúvidas sobre experiências e programas de internacionalização; como financiar a preparação de micro e pequenas empresas e como a inovação pode ser compartilhada. O evento contou com o apoio do Sebrae e foi promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação de Indústrias Alemãs (BDI), Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK), Companhia Alemã de Investimentos e Desenvolvimento (DEG).

O trabalho do governo brasileiro para diminuir os entraves burocráticos e criar um ambiente mais estimulante e facilitado para as empresas foi elogiado pelos alemães. Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae, ressaltou avanços, como a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e a criação do Empreendedor Individual, que já trouxe para o mercado formal mais de 1,5 milhão de empreendimentos, número que pode chegar a 5 milhões em 2015.

"Os desafios são enormes e passam pelo aumento da produtividade e competitividade. O Sebrae está atento e criou programas para segmentar sua atuação junto às micro e pequenas empresas, uma estratégia importante para acelerar a profissionalização dos negócios dentro e fora do país. A tarefa é transformar ideias em ações viáveis para aumentar a presença das nossas empresas na cadeia global de suprimentos", reforçou Carlos Alberto dos Santos.

Cerca de vinte instituições públicas e privadas dos dois países participaram das avaliações do que está sendo feito em termos de comércio, das possibilidades de negócio e que ações efetivas podem ser adotadas para transformar intenções em realidade. Como exemplo, citou-se a necessidade do aumento de missões internacionais e de uma maior divulgação das plataformas que cruzam dados para detectar oportunidades de negócios. Mencionou-se também que é preciso trabalhar fontes de financiamento e programas de capacitação e profissionalização.

Alguns pontos ficaram definidos como prioritários na agenda entre os dois países: energia alternativa; Tecnologia da Informação, autopeças, saúde, mega-eventos e tecnologias ambientais. "Nossa política é derrubar obstáculos e viabilizar acordos.O número de projetos no Brasil triplicou e inovação é o grande foco", frisou Justus Vitinius, vice-presidente da América Latina da Sociedade Alemã de Investimentos e Desenvolvimento (DEG).

Um grupo de trabalho formado por representantes dos dois países vai trabalhar na formulação de propostas, como: integração de plataformas de tecnologia que conferem transparência às empresas; oportunidades de negócios, consideradas como ferramentas essenciais na aproximação entre o dois países; e o maior intercâmbio entre escolas técnicas. "Vamos trabalhar pela integração do governo e também da sociedade. Com bens e serviços inovadores, vamos inserir o Brasil e a Alemanha no processo de globalização", enfatizou o embaixador do Brasil na Alemanha, Everton Vargas.

Parceria

As oportunidades entre os dois países serão aprofundadas no Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2011 que tem início no Rio de Janeiro na segunda-feira (19) e termina na terça-feira (20). A expectativa é que 1.500 empresários brasileiros e 500 alemães participem do evento no Pier Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro.

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