Países discutem formas de parceria nos campos de ciência, tecnologia e desenvolvimento.
Por Regina Mamede, Agência Sebrae
Inovação significa transformar ciência e conhecimento em negócio. Esse conceito definiu a discussão entre empresários, representantes do governo e de fundações que participaram do painel "Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento: novas fronteiras para a cooperação". O debate aconteceu nos dias 19 e 20, como parte do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2011, no Rio de Janeiro.
"Nosso país tem uma boa base científica, mas ainda precisamos aprender a transferir esse conhecimento para todos os setores. Temos a agricultura e pecuária como exemplos de sucesso", afirmou Ronaldo Mota, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Para os especialistas presentes no evento, a Alemanha é um país que possui tradição na transmissão do conhecimento, com um forte laço entre a comunidade acadêmica e as demandas do mercado. "Trabalhamos em rede. Diretores de institutos de pesquisa costumam ser catedráticos na universidade e os melhores estudantes são identificados e estimulados a participar do desenvolvimento das pesquisas", afirmou Eckart Bierdümpel, diretor da Fraunhofer-Gesellschaft.
Aumentar a base de conhecimento entre as pequenas empresas pode acelerar a capacitação de fornecedores, ponto considerado vital na estratégia de crescimento. Energias alternativas e tecnologia da informação foram citadas como exemplos dos vários campos promissores que os países podem definir para trabalhar em conjunto e com a participação efetiva dos empresários. Se o caminho é longo, os especialistas concordam que, mesmo com graus diferentes, os dois países têm uma cultura inovadora, que diminui os efeitos da crise global e que representa uma vantagem no mercado mundial.
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