quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Brasileiro graduado recebe 156% mais que trabalhador com nível médio, diz estudo

Pesquisa da OCDE constatou que Brasil oferece maior bônus salarial para os graduados, entre os 32 países avaliados.

InfoMoney

Uma pesquisa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgada na terça-feira (13) aponta que o Brasil paga o maior bônus salarial aos trabalhadores com Ensino Superior. Para se ter uma ideia, enquanto os graduados de outros 32 países recebem, em média, 50% mais que os trabalhadores com nível médio, no Brasil, este percentual sobe para 156%.

De acordo com o "Education at a Glance2011", a evasão escolar também tem interferido, e muito, no rendimento dos trabalhadores. Aqueles que não completaram o Ensino Médio, por exemplo, chegam a receber, em média, 50% menos que aqueles que possuem certificado de conclusão escolar. Atualmente, entre os países da OCDE considerados mais desenvolvidos, esta média costuma ser de 77%.

Custos do trabalho
A avaliação aponta ainda que os custos do trabalho e ganhos brutos anuais no Brasil são menores que os dos demais países da OCDE.

Na base comparativa, por exemplo, um trabalhador de 25 a 64 anos que não tenha concluído o Ensino Médio chega a receber por ano cerca de US$ $ 8.175,24. Já um trabalhador desta mesma faixa etária que tenha concluído tal nível educacional chega a receber em 12 meses US$ 14.110,74.

Segundo a pesquisa, nestes casos, a renda pode variar entre os profissionais que se encontram na faixa de 45 a 54 anos. Nestes casos, a remuneração pode apresentar um adicional bruto de 65%, ou seja, mais US$ 7.187,12 por ano, se comparado à renda dos profissionais entre 25 e 34 anos de idade.

Graduados recebem mais
Os valores, no entanto, costumam ser brutalmente diferentes para aqueles que conseguiram concluir o nível superior. Nestes casos, a remuneração a ser paga pode chegar a US$ 34.974,50 por ano, o equivalente a US$ 2.914,54 por mês para cada trabalhador.

Os mais experientes com graduação superior também costumam ser mais beneficiados neste ponto. De acordo com o estudo, nesta categoria, os profissionais podem receber um adicional bruto de 62% sobre o salário base - o que equivale a US$ 16.637,63 mais por ano.

Vulnerabilidade
A qualificação profissional também foi analisada no estudo. Segundo os dados apresentados, no Brasil, cerca de 30% dos jovens entre 15 a 19 anos não estudam. Deste total, 4,3% estão desempregados e 9,7% estão fora do mercado.

A situação é mais grave ainda para os jovens de 15 a 29 anos. De acordo com o levantamento, 26% deles não estudam e não fazem parte da força de trabalho do País – tal fato se mostra um sério impedimento para a busca por oportunidades de trabalho e emprego.

“Brasileiros jovens que não concluíram o Ensino Médio possuem menos chances de encontrar um emprego”, informa o estudo. Tal valor é de menos 21 pontos percentuais.

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