quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Copa e Olimpíada acentuarão ainda mais a falta de profissionais na área de TI

Segundo a Associação Brasileira de Tecnologia da Informação, somente para este ano, faltam cerca de 92 mil profissionais.

InfoMoney

A falta de profissionais é uma das principais reclamações dos empregadores. Entre os setores que mais sofrem com deficit de mão de obra qualificada, está TI (Tecnologia da Informação).

Segundo o diretor de Desenvolvimento de Mercados da Brasscom (Associação Brasileira de Tecnologia da Informação e Comunicação), Sérgio Sgobbi, somente para este ano, faltam cerca de 92 mil profissionais.

Uma entre as milhares de empresas que sofrem com a falta de profissionais é a LDQI Design e Interação. O diretor de Desenvolvimento, Aryel Tupinambá, conta que, para que o plano de expansão da empresas saísse do papel, era necessário contratar 10 pessoas em dois meses.

“Conseguimos fazer duas contratações em quatro meses. Recebemos muitos currículos, mas muitos profissionais não são qualificados. Pensamos em contratar até um serviço de headhunter”. Além disso, ele afirma que os empregadores enfrentam outro tipo de problema, o salário.

De acordo com Tupinambá, os profissionais que já atuam no setor estão valorizando demais seus salários. “Alguns profissionais mudam rapidamente de empresa devido ao salários. Outros vão nas entrevistas de emprego só para negociar um salário melhor”.

Copa e Olimpíada
Se o cenário está complicado atualmente, a tendência não é das mais otimistas, já que, para os próximos anos, o deficit de profissionais deve aumentar. “O deficit de profissionais já é uma realidade enfrentada pelo setor de TI. A tendência é que o problema se acentue ainda mais com a Copa e a Olimpíada”, diz Sgobbi.

O especialista afirma que a preocupação em relação à mão de obra está diretamente ligada à construção civil. “Como as informações irão circular, ninguém está pensando. A demanda será imensa”, ressalta.

O especialista em Sistemas de Informação e coordenador dos cursos de graduação tecnológica da Fiap, Celso Poderoso, acrescenta ainda que serão necessários profissionais que tenham conhecimento em infraestrutura tecnológica e rede.

Qual é a saída?
Para ambos os especialistas, uma das maneiras de solucionar a falta de mão de obra no setor de TI é por meio da educação especializada de curta duração. “A solução é a formação rápida, tecnóloga. O bacharelado não se especializa, ele abrange um pouco de tudo, mas não capacita para as necessidades pontuais”, diz Poderoso.

Sgobbi também acredita que a qualificação é a saída para este problema. “A formação de mão de obra tem de ser em larga escala. Quem tem de fazer isso são as empresas que atuam na qualificação profissional. São cursos focados mais no mercado”.

Sobre trazer profissionais estrangeiros para atuar no Brasil, Sgobbi afirma que ainda não é necessário, mas, se até a Copa e a Olimpíada a situação não for resolvida, esta pode ser uma alternativa.

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