quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Estudo revela que usuários de redes sociais estão mais preocupados com a privacidade

A pesquisa também apontou novidades no acesso, no tempo de utilização e no favoritismo das redes.

Por Redação, www.administradores.com.br

Foi divulgada nesta semana uma pesquisa do Grupo Educacional Impacta Tecnologia realizada pela empresa MBI Mayer&Bunge Informática, que analisou a evolução do uso das redes sociais de forma pessoal e no ambiente corporativo. Somente o Brasil participou da pesquisa, que foi realizada com 183 participantes pertencentes a 172 empresas usuárias de TI, ou do próprio setor de TI. O levantamento das respostas se deu no mês de maio de 2011.

Uso pessoal e profissional
A pesquisa mostrou que o maior benefício das redes sociais na concepção dos usuários é a busca e a manutenção de contatos, tanto pessoais quanto profissionais (networking). Um fato interessante é que os entrevistados estão mais preocupados com a privacidade, pois a resposta "Divulgar atividades pessoais/hobbies" apresentou ligeira queda de aproximadamente 3% de 2010 para 2011.

Entre os mesmos benefícios propostos, os entrevistados indicaram que as redes sociais estão atendendo insatisfatoriamente setores ligados à atividade profissional, como nos tópicos "Desenvolver negócios para minha empresa", onde a insatisfação do usuário aumentou cerca de 7 pontos percentuais em 2011, e "Divulgar atividades profissionais", em que a insatisfação passou de 19% no ano passado, para 23% neste ano. Quanto às atividades pessoais, os entrevistados responderam que as redes sociais têm melhorado significativamente. Para 95% deles, as redes são uma ótima distração momentânea.

Os locais de acesso também estão sofrendo alterações. Houve uma pequena queda do acesso às redes a partir de casa. Por outro lado, houve aumento do acesso por meio de computadores no ambiente de trabalho e aumento muito considerável no acesso por dispositivos móveis (celulares ou notebooks), que praticamente dobrou de um ano para cá: de 15% para 27%.

Navegando nas redes sociais
Na pesquisa, cinco redes sociais apresentaram maior destaque: Facebook, LinkedIn, Twitter, YouTube e Orkut. As quatro primeiras registraram um considerável aumento, que variou entre 10% e 15%. O Facebook foi o líder em crescimento, ao passo que o Orkut foi a rede que mais perdeu usuários, uma queda de 7% em relação ao ano anterior.

Em termos de dedicação de tempo do usuário para cada rede social, o Facebook também foi o que mais registrou aumento, de aproximadamente 17%, enquanto o Orkut foi a rede que apresentou a maior queda no tempo de uso: quase 14%. O Twitter foi a rede que mais surpreendeu neste quesito. De 2010 para 2011 seus usuários passaram a dedicar bem menos tempo em sua utilização, fazendo com que ele passasse de 17% para 12%. Confira as informações no gráfico abaixo.

A pesquisa também concluiu que os entrevistados acreditam que 8 horas semanais é o tempo máximo a se dedicar às redes sociais. Isso porque o grupo de profissionais que indicou despender entre 4 e 8 horas semanais, passou de 5% para aproximadamente 12,6%, ao passo que aqueles que gastavam mais de 8 horas por semana, passaram de 6,3% a 3,8%. Os que gastam menos de 1 hora por semana caíram de 53% para 40%.

Redes sociais no ambiente corporativo
Um tema certamente polêmico é o uso das redes sociais no ambiente de trabalho. Nem todos os entrevistados concordam com a utilização. Para um quarto, o uso delas é um erro, pois leva os funcionários a perderem parte de seu "tempo produtivo". Para 73% dos participantes, o uso é indispensável para empresas que estejam presentes ou que tenham algum tipo de ação nas redes sociais.

Quando questionados sobre o uso da comunicação via redes sociais em detrimento do uso de ferramentas tradicionais, como o e-mail, somente 4,5% dos profissionais declararam acreditar nessa substituição imediata na comunicação. 82% acreditam que o e-mail continuará existindo por muito tempo e apenas 8,9% se atentaram ao fato de que nas redes sociais, a administração da comunicação fica nas mãos dos usuários das redes e, portanto, fora da empresa, o que não acontece com o uso do email.

Presença estratégica das empresas nas redes sociais
As empresas estão voltando seus olhos para as redes, já que este se tornou um canal direto com seu público-alvo. Em 2010, 34% das empresas responderam que não tinham nenhuma participação nas mídias sociais. Hoje, este número caiu para 15%, o que representa a influência que as redes têm adquirido dentro do mercado corporativo.

De acordo com os dados da pesquisa passada, 20% das empresas participavam do Facebook e 15% do YouTube. Hoje, estes números mais que dobraram, passando respectivamente para 47% e 32%.

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