quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Falta de profissionalismo aumenta estresse no trabalho, diz pesquisa

Dos 2.525 executivos entrevistados, 44% estão insatisfeitos com as pressões e 34% com a capacidade de gestão.

InfoMoney

Executivos de todo o mundo encontram-se pouco satisfeitos com a qualidade da gestão apresentada nas organizações. Para eles, este fator, aliado às pressões desnecessárias, é o principal motivador de estresse no ambiente de trabalho. Os dados foram divulgados pela Robert Half, que avaliou a opinião de 2.525 profissionais em 11 países do mundo.

Segundo o levantamento, do total de entrevistados, cerca de 44% dos participantes informaram estarem insatisfeitos com as excessivas cobranças profissionais. Já a quantidade de pessoas incomodadas com a gestão se mostrou um pouco inferior, sendo mencionada por apenas 34% dos executivos.

Identificando os maus profissionais
Um dos problemas mais frequentes entre os 'maus chefes' é a falta de habilidade no relacionamento profissional. De acordo com a Robert Half, as pessoas nesta posição costumam gritar com sua equipe, creditam para si o trabalho realizado pelos outros e ainda utilizam linguagem ofensiva no ambiente de trabalho.

“A autoestima e o moral dos profissionais são de extrema importância para o futuro de qualquer organização”, explica a gerente de recrutamento da Robert Half, Marcela Esteves. Para ela, o problema costuma ter início com pequenos ruídos na comunicação e quando comportamentos abusivos ou agressivos entram em cena.

Desta forma, fica mais fácil entender por que as ‘pessoas não deixam seus empregos, mas sim seus gestores’.

Dicas para melhorar a relação
Na opinião de Marcela, os gestores precisam estar confiantes e confortáveis com seus papéis para delegar atividades de forma clara e concisa para sua equipe. “Qualquer feedback crítico deve ser tratado como um aprendizado para os profissionais e não ser passado de forma dura e agressiva”, diz a gerente de recrutamento.

Para ajudar os chefes que não costumam ver problemas em suas atitudes, algumas orientações e dicas foram formuladas. A primeira delas diz respeito à honestidade dos feedbacks. “Os gestores devem avaliar como lidam com seus defeitos e falhas. Quando alguém aborda o chefe sobre uma tarefa cujo desempenho não está tão bom como esperado, é importante se certificar de dar ao profissional um tratamento de aprendizado e não de desaprovação”, informa Marcela.

Além disso, é importante manter a palavra e manter os funcionários a par dos últimos acontecimentos, o que nem sempre é possível, devido à algumas questões de sigilo estratégico. “Neste caso, vale avaliar quais as informações podem ser transmitidas e em qual momento”, orienta a gerente da Robert Half.

Não interfira!
Ainda que acompanhar o progresso dos colaboradores seja positivo, nada de colocar a mão na massa de forma excessiva nas tarefas da equipe. Afinal, tal atitude pode minimizar o papel de gestor. Portanto, evite interferências constantes e permita que os subordinados possam cumprir o trabalho a contento.

Outra recomendação diz respeito à interação da equipe com seus supervisores. A dica aqui é que os contratados sejam orientados sobre a melhor forma de abordar a chefia, quando ela se encontra ocupada ou fora do escritório. “Uma boa alternativa é nomear alguém que possa intermediar os contatos quando os funcionários precisarem de orientação”, completa.

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