Por Elberth Moraes, www.administradores.com.br
O departamento de Tecnologia da Informação (TI) se tornou indispensável para grandes, médias e pequenas empresas. No seu início, quando era conhecimento como Centro de Processamento de Dados (CPD), a sua principal atribuição era dar suporte técnico aos demais setores da empresa, além de se responsabilizar pelo cadastramento das informações que norteavam o negócio e pelo desenvolvimento dos softwares. O CPD era conhecido por ser um lugar 'feio' onde os computadores eram deixados. O pessoal que trabalhava com informática também 'morava' junto desses computadores, pois passavam muitas horas dos dias fazendo trabalhos burocráticos que não podiam ser feitos durante o horário de experiente.
Atualmente, os computadores estão distribuídos por todos os setores das empresas – existindo alguns para realizar tarefas mais robustas e de gerenciamento global - e o seu uso não é apenas para o desenvolvimento de softwares e para o cadastramento de informações, mas sim para o gerenciamento do negócio. Essa integração entre os setores e o negócio da empresa auxilia na tomada de decisão. Não existia essa comunicação entre o pessoal de TI e o pessoal de negócio. Hoje o departamento de TI é considerado parceiro para identificar novas oportunidades de negócio, e não como o principal ponto de despesas de uma empresa.
O Departamento de TI também recebeu a atribuição de trabalhar na criação de soluções ousadas e inovadoras que possam impactar nos resultados financeiros da empresa. Aquela antiga imagem de 'setor para resolver problemas de hardware e corrigir situações técnicas de software' ficou de lado. Outra situação que está mudando é o tamanho desse departamento. Os departamentos de TI tinham muitos funcionários fazendo trabalhos mecânicos com o uso de computadores; agora existem funcionários multidisciplinares fazendo trabalhos de criação, deixando o trabalho mecânico para robôs realizarem, ou até menos equipes externas.
Como o departamento de TI é responsável por muitas atribuições dentro de uma organização, em algumas delas não existem funcionários especializados para todas essas atribuições, e em certos pontos a necessidade de um olhar externo pode tornar o ambiente mais 'antenado' às novidades de um mercado muito competitivo. A terceirização já é presente nas empresas com a principal forma de se manter a qualidade dos serviços e tornar a empresa competitiva.
A terceirização afeta o ambiente da empresa e a necessidade de mudar a estrutura do departamento de TI é uma atividade quase que obrigatória. As empresas entregam alguns dos seus serviços para fornecedores especialistas com o intuito de reduzir custo mantendo a qualidade, obter as vantagens que esse fornecedor especializado oferece, e se concentrando apenas nas atividades fins da empresa.
É necessário reparar que essa passagem de atribuições para equipes externas também pode trazer problemas futuros à empresa. O principal problema que é observado nas questões que envolvem empresa e fornecedor de serviço é que o bem mais importante da empresa – as suas informações e o seu conhecimento de negócio – vai estar nas mãos de outros. Essas informações sobre o negócio não devem ser delegadas a terceiros.
Os serviços que não estão diretamente ligados ao negócio da empresa devem ser terceirizados: impressoras, gerenciamento de redes, desenvolvimento visual para softwares, atualização de maquinário – computadores, projetores. Até mesmo o desenvolvimento de sistemas pode ser terceirizado, mas as desvantagens acabam sendo maiores que as próprias vantagens.
Os desenvolvedores terceirizados acabam permanecendo por pouco tempo na empresa, já que o surgimento de oportunidades financeiramente melhores levam embora esses bons funcionários. E junto com a saída desses funcionários também vai embora o conhecimento que eles adquiriram no tempo que ficaram na empresa. Então a empresa investe tempo e dinheiro para preparar esse colaborador, e o que ele produz não paga esse investimento.
A terceirização pode ser considerada uma solução viável para as empresas, mas é necessário observar os cuidados que se deve ter para não fazer de uma solução tão interessante um grande problema empresarial. O responsável pelo departamento de TI precisa ter a sensibilidade para conseguir identificar os serviços que precisam ser passados para terceiros, sem afetar a estrutura da empresa e sem perder o foco no principal bem da instituição: o conhecimento do negócio.
Elberth Moraes - professor do curso de Ciência da Computação do Centro Universitário Plínio Leite (Unipli), mantido pela Anhanguera Educacional.
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Siga o Prof. Milton Araújo no Twitter: @Milton_A_Araujo
Atualmente, os computadores estão distribuídos por todos os setores das empresas – existindo alguns para realizar tarefas mais robustas e de gerenciamento global - e o seu uso não é apenas para o desenvolvimento de softwares e para o cadastramento de informações, mas sim para o gerenciamento do negócio. Essa integração entre os setores e o negócio da empresa auxilia na tomada de decisão. Não existia essa comunicação entre o pessoal de TI e o pessoal de negócio. Hoje o departamento de TI é considerado parceiro para identificar novas oportunidades de negócio, e não como o principal ponto de despesas de uma empresa.
O Departamento de TI também recebeu a atribuição de trabalhar na criação de soluções ousadas e inovadoras que possam impactar nos resultados financeiros da empresa. Aquela antiga imagem de 'setor para resolver problemas de hardware e corrigir situações técnicas de software' ficou de lado. Outra situação que está mudando é o tamanho desse departamento. Os departamentos de TI tinham muitos funcionários fazendo trabalhos mecânicos com o uso de computadores; agora existem funcionários multidisciplinares fazendo trabalhos de criação, deixando o trabalho mecânico para robôs realizarem, ou até menos equipes externas.
Como o departamento de TI é responsável por muitas atribuições dentro de uma organização, em algumas delas não existem funcionários especializados para todas essas atribuições, e em certos pontos a necessidade de um olhar externo pode tornar o ambiente mais 'antenado' às novidades de um mercado muito competitivo. A terceirização já é presente nas empresas com a principal forma de se manter a qualidade dos serviços e tornar a empresa competitiva.
A terceirização afeta o ambiente da empresa e a necessidade de mudar a estrutura do departamento de TI é uma atividade quase que obrigatória. As empresas entregam alguns dos seus serviços para fornecedores especialistas com o intuito de reduzir custo mantendo a qualidade, obter as vantagens que esse fornecedor especializado oferece, e se concentrando apenas nas atividades fins da empresa.
É necessário reparar que essa passagem de atribuições para equipes externas também pode trazer problemas futuros à empresa. O principal problema que é observado nas questões que envolvem empresa e fornecedor de serviço é que o bem mais importante da empresa – as suas informações e o seu conhecimento de negócio – vai estar nas mãos de outros. Essas informações sobre o negócio não devem ser delegadas a terceiros.
Os serviços que não estão diretamente ligados ao negócio da empresa devem ser terceirizados: impressoras, gerenciamento de redes, desenvolvimento visual para softwares, atualização de maquinário – computadores, projetores. Até mesmo o desenvolvimento de sistemas pode ser terceirizado, mas as desvantagens acabam sendo maiores que as próprias vantagens.
Os desenvolvedores terceirizados acabam permanecendo por pouco tempo na empresa, já que o surgimento de oportunidades financeiramente melhores levam embora esses bons funcionários. E junto com a saída desses funcionários também vai embora o conhecimento que eles adquiriram no tempo que ficaram na empresa. Então a empresa investe tempo e dinheiro para preparar esse colaborador, e o que ele produz não paga esse investimento.
A terceirização pode ser considerada uma solução viável para as empresas, mas é necessário observar os cuidados que se deve ter para não fazer de uma solução tão interessante um grande problema empresarial. O responsável pelo departamento de TI precisa ter a sensibilidade para conseguir identificar os serviços que precisam ser passados para terceiros, sem afetar a estrutura da empresa e sem perder o foco no principal bem da instituição: o conhecimento do negócio.
Elberth Moraes - professor do curso de Ciência da Computação do Centro Universitário Plínio Leite (Unipli), mantido pela Anhanguera Educacional.
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