quinta-feira, 7 de julho de 2011

Gestão econômica de ativos garante redução de custos em até 10%

Deve-se planejar os investimentos a curto, médio e longo prazo, em setor com utilização intensiva de capital.

Por Isabela Pimentel

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

A perspectiva de que, nos próximos dez anos, a produção de petróleo e gás triplique no país, faz com que a demanda por novos profissionais de engenharia e por um modelo de gestão mais eficiente seja crescente. Neste momento, empreendimentos de grande porte como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) favorecem o aquecimento do setor, com perspectiva de geração de mais de 20.000 empregos, diretos e indiretos, movimentando capitais nas indústrias montadoras de automóveis, siderúrgicas e de geração de energia.

Mas, apesar do crescimento, muitas empresas do setor ainda não possuem uma política focada na manutenção ou gestão econômica de ativos. De acordo com Gabriel Alves da Costa (Engenheiro), Gerente da Aremas, este é o momento ideal para implementar regras de decisão que visem otimizar a reposição, expansão e contração do estoque de ativos, para gerar valor para os acionistas, ou seja, uma gestão econômica de ativos.

Deve-se planejar os investimentos a curto, médio e longo prazo, em setor com utilização intensiva de capital, uma vez que, em muitos casos, o custo de manutenção até o momento da troca equivale a várias vezes o preço de aquisição do produto. "O emprego desta ferramenta pode ser o diferencial na hora da tomada de decisões estratégicas", explica.

Alves afirma que esta é a forma mais simples para redução dos custos de manutenção, especialmente em setores que exigem utilização de equipamentos mais caros, como petrolífero, mineração, siderúrgico e geração de energia. Os modelos de gestão econômica de ativos podem ser aplicados em qualquer momento, mas, quanto antes melhor, de modo a permitir que um maior número de ativos (produtos, equipamentos, processos) sejam utilizado até o momento econômico ideal, ou seja, aquele que minimiza o custo unitário.

A estimativa do custo do ciclo de vida dos ativos contribui para que as empresas possam elaborar uma melhor previsão e análise dos custos de produção, possibilitando melhor alocação de investimentos e redução de custos:

- O custo de produção das empresas depende, por sua vez, dos custos de seus ativos, os quais podem ser minimizados pelas regras sugeridas por um estudo de LCC, exemplifica.

Os estudos sobre o ciclo de vida de ativos físicos fornecem informações necessárias para um planejamento focado em projetos de modo a possibilitar a minimização de custos. Para Alves, as ferramentas permitem que profissionais das áreas de manutenção e operação assimilem a visão de negócios em suas respectivas unidades de atuação:

- Consideremos uma empresa de petróleo que possui diversos motores, bombas, e empregados em suas operações. À medida que se acumula tempo de uso, o custo tende a crescer até o momento em que se torna ótimo a substituição destes ativos por questões de redução de custo, analisa.

O engenheiro afirma que, em alguns casos, a demora de um ano na substituição implica em 10% ou mais de aumento no custo unitário do ativo. É comum em ativos como tratores, caminhões e equipamentos de mina subterrânea, a permanência destes em operação por um período superior às suas vidas econômicas e, por isso, gerar custos desnecessários para seus proprietários. "Na inexistência de um modelo de gestão econômica, a diretoria pode receber inesperadamente pedidos de compra de algum equipamento cujo preço pode ser da ordem milhões de dólares. E mais, pode ocorrer que não exista provisionamento no momento. Ao se empregar um modelo de gestão econômica de ativos, tal problema não ocorre, pois a reposição de ativos e reforma são planejadas. Assim, gera-se mais eficiência nas operações e redução de custo", conclui.

Isabela Pimentel - jornalista e historiadora / @isadpimentel_

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