quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mercado de trabalho: entre os jovens, diminui a diferença para classes alta e média


Quanto menor a idade, menos desigual é a distribuição da renda no trabalho e também o acesso à carteira assinada.

Infomoney

De acordo com um levantamento feito pelo Data Popular, no mercado de trabalho a diferença entre profissionais da alta renda e aqueles da classe média é menor entre os mais jovens. “Quanto menor a idade, menos desigual é a distribuição da renda no trabalho e o acesso à carteira assinada”, diz o estudo divulgado na última segunda-feira (8).

Para se ter uma ideia, a vantagem de renda do trabalho da classe AB em relação à classe C é de 323,8%, quando se trata de profissionais com idade entre 48 e 55 anos. Em compensação, esse percentual cai para 265,3% entre as pessoas com idade de 38 a 45 anos, e mais ainda, para 111,9% entre jovens de 18 até 25 anos. Veja outras diferenças na tabela abaixo:


Espírito empreendedor
Outra característica marcante é que os mais jovens demonstram ter mais espírito empreendedor do que os integrantes mais velhos da nova classe média. Afinal, 74% dos jovens entre 24 e 35 anos são empreendedores, contra apenas 65% daqueles que possuem entre 45 e 59 anos.

Essa diferença também se mostra no fato de a carreira profissional ser uma prioridade. Enquanto 73% dos jovens da nova classe média são preocupados com a qualificação profissional, 61% dos mais velhos pensam da mesma forma.

Assim, os resultados do estudo apontam que os jovens da nova classe média têm uma inserção social melhor do que seus pais tiveram.

Além da colocação no mercado de trabalho ser menos desigual do que a dos mais velhos, seu deficit educacional em relação à elite é menor do que o das gerações anteriores e também eles têm amplo acesso à internet e às oportunidades relacionadas a ela (informação, relacionamento e trabalho).

Opinião
Outro importante resultado do levantamento do Data Popular é que os jovens da classe C, com idade entre 18 e 34 anos, já somam 27,1 milhões de eleitores. Sozinhos se equiparam ao eleitorado obrigatório total da região Sul mais os estados de Goiás e Espírito Santo (26,8 milhões de eleitores).

Como são mais escolarizados e conectados ao mundo virtual do que seus pais, eles se tornam o novo grupo formador de opinião da classe média brasileira.

Para se ter uma ideia, a diferença de renda entre pais e filhos nas diferentes classes demonstra a voz que têm dentro de casa e o peso do poder de consumo dos jovens na base da pirâmide. Confira na tabela abaixo essa variação:


Ainda vale destacar que na classe A, 10% dos filhos estudaram mais do que seus pais. Em compensação, na classe C, esse percentual salta para 68%.

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