sábado, 6 de agosto de 2011

Inovação é exigência do consumidor e imposição do mercado, afirma CNI

Em documento, empresários resumem em dez itens propostas consideradas estratégicas para o avanço da inovação do país.

CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reafirmou nesta quarta-feira, 03.08, o compromisso de estimular o setor privado a investir no desenvolvimento tecnológico e a reconhecer que inovar é uma exigência dos consumidores e uma imposição do mercado.

A posição está expressa no documento Compromisso pela Inovação, entregue aos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, durante o 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, no Centro de Convenções do Sheraton WTC, em São Paulo.

No documento, os empresários resumem em dez itens propostas consideradas estratégicas para o avanço da inovação do país. Entre as ações, destacam-se a necessidade do país formar um maior número de pessoas em cursos técnicos profissionalizantes e em engenharia, aprimorar o marco legal de apoio à inovação, melhorar a infraestrutura e a cultura de propriedade intelectual, criar programas setoriais de inovação efetivos e apoiar projetos estruturantes de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Todos os temas foram amplamente discutidos pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), movimento coordenado pela CNI com o objetivo de fazer da inovação prioridade da indústria. A principal meta da MEI é dobrar em quatro anos o número de empresas inovadoras. A meta, fixada em 2009, quando havia no Brasil cerca de 40 mil empresas inovadoras, foi reafirmada durante o 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. A proposta é de que o país tenha 80 mil empresas inovadoras até 2013.

O presidente da Natura, Pedro Passos, um dos integrantes da MEI, lembrou que a oportunidade é única e que o contexto macroeconômico deve ser aproveitado ao máximo. Segundo ele, a responsabilidade de moldar o futuro do Brasil por meio da inovação deve ser compartilhada entre empresas, governo e sociedade. Reforçou o papel das universidades e centros de pesquisa como fundamental.

O ministro Fernando Pimentel advertiu não haver outro caminho a não ser a inovação e o investimento maciço em pesquisa e tecnologia. Destacou que o governo deu passos importantes para fortalecer a indústria e defender a competitividade do produto brasileiro, ao lançar, terça-feira, 02.08, o Plano Brasil Maior, a nova política industrial. Pimentel assinalou que o governo apoia integralmente o plano da MEI e pretende trabalhar em conjunto com os empresários. "Estamos plenamente integrados neste compromisso", resumiu.

Novas fronteiras - Em um dos painéis realizados pela manhã, empresários discutiram formas de ampliar a participação das empresas, minimizar os obstáculos e apoiar a inovação por meio de melhores práticas e de políticas públicas. O debate contou com as participações de Adilson Primo, presidente da Siemens; Carlos Fadigas, presidente da Braskem; Horácio Lafer Piva, presidente da Klabin; João Geraldo Ferreira, presidente da General Electric; José Rubens de La Rosa, presidente da Ford, além de Pedro Passos e Ricardo Pelegrini, presidente da IBM.

Pelegrini afirmou que uma maior inserção das empresas brasileiras no mercado global passa necessariamente pela inovação, ressaltando que o mercado brasileiro precisa incorporar as vantagens competitivas, ser dinâmico e pujante. João Geraldo Ferreira completou que "há novas fronteiras a serem exploradas", enfatizando a importância do investimento em educação. Horácio Lafer Piva acrescentou que a sintonia entre empresários, governo e universidades pelo estímulo à inovação tem tudo para dar certo.

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